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Elas pelo Coop: com participação e liderança, mulheres fortalecem o cooperativismo e transformam vidas

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No Ceará, as mulheres representam 59,5% dos cooperados, enquanto os homens correspondem a 40,5%. Nacionalmente, de acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024, elas já são 41% dos cooperados e 52% da força de trabalho do setor, consolidando seu protagonismo e ampliando oportunidades de renda e liderança.

As mulheres têm desempenhado um papel cada vez mais decisivo no fortalecimento e na transformação do cooperativismo brasileiro. Segundo o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024, elas já representam 41% dos cooperados no país — cerca de 9,6 milhões de brasileiras que encontraram nas cooperativas oportunidades para trabalhar, empreender e garantir uma vida melhor para suas famílias. A presença feminina também se destaca entre os colaboradores, alcançando 52% da força de trabalho do setor.

No Ceará, a representatividade das mulheres vem crescendo em diferentes ramos, como crédito, saúde e trabalho, impulsionada por iniciativas de formação e incentivo à liderança. Para Karine Sobral, vice-coordenadora do Comitê Regional Elas pelo Coop e ex-conselheira de administração da Sicredi Veredas, o modelo cooperativista é naturalmente aberto à participação feminina. Ela destaca que o cooperativismo estimula a inclusão e a participação democrática, criando condições para que mais mulheres ampliem sua visão e seu espaço de fala, decisão e influência.

Na mesma direção, Ana Carolina Adeodato, diretora da Uniodonto Fortaleza, avalia que o cooperativismo tem sido um instrumento poderoso de fortalecimento do protagonismo feminino. Segundo ela, as cooperativas oferecem um ambiente participativo e valorizam o papel das mulheres em diferentes níveis de atuação. “O cooperativismo, quando aplicado de forma inclusiva, é uma ferramenta de igualdade de oportunidades e de valorização das mulheres, contribuindo para uma cooperativa mais forte, humana e representativa”, afirma.

Na Uniodonto Fortaleza, esse protagonismo é visível. A cooperativa vem ampliando a presença feminina em cargos de gestão e governança e fortalecendo sua atuação social. Projetos como o Sorrisão e o Sorrindo para o Futuro, coordenados por Ana Carolina, têm levado educação e prevenção em saúde bucal a milhares de crianças de escolas públicas, reforçando o compromisso da cooperativa com o bem-estar e o futuro das novas gerações.

Karine Sobral destaca que a presença feminina nas cooperativas vai além da gestão. Segundo ela, muitas mulheres lideram campanhas e ações solidárias que transformam comunidades, como o Dia C de Cooperar e a campanha Doe Autoestima, que arrecada mechas de cabelo para mulheres em tratamento de câncer de mama. Para Karine, essas iniciativas mostram o verdadeiro sentido do cooperativismo, que é gerar prosperidade compartilhada e desenvolvimento com base na empatia e na colaboração

Na Uniodonto Fortaleza, o engajamento também se reflete em campanhas de conscientização, como as ações do Outubro Rosa, que reforçam a importância da prevenção e do autocuidado. “Fortalecer a presença das mulheres é fortalecer toda a cooperativa, com mais sensibilidade, inovação e visão humana nas decisões”, diz Ana Carolina.

Apesar dos avanços, as duas lideranças reconhecem que ainda há desafios. Barreiras culturais, desigualdade de oportunidades e a dupla jornada continuam sendo obstáculos à ampliação da presença feminina em cargos de decisão. Para Karine, o futuro do cooperativismo feminino depende de intencionalidade e políticas de equidade, com a adoção de medidas concretas que assegurem paridade de gênero nos espaços de poder.

Nesse cenário, o movimento Elas pelo Coop tem se consolidado como uma importante ferramenta de transformação. Criado pelo Sistema OCB, o programa promove formação, intercâmbio de experiências e fortalecimento da representatividade feminina nas cooperativas. No Ceará, o comitê regional reúne lideranças de diferentes ramos e inspira novas mulheres a participarem ativamente do movimento.

Para Ana Carolina Adeodato, essa troca de experiências é essencial para o fortalecimento coletivo. “O Elas pelo Coop cria espaços de diálogo e aprendizado e mostra que, ao fortalecer as mulheres, fortalecemos todo o cooperativismo”, afirma.

A presença feminina, mais do que uma pauta de equidade, é uma estratégia de sustentabilidade e inovação social. Cada mulher que ocupa um espaço de liderança no cooperativismo amplia o alcance da transformação coletiva e reafirma a essência do movimento: ser humano, inclusivo e transformador.

Sobre o Elas pelo Coop

O Elas pelo Coop é um movimento nacional do Sistema OCB que busca fortalecer o papel das mulheres no cooperativismo brasileiro, ampliando sua participação na gestão, na governança e nas instâncias decisórias das cooperativas. O programa promove formações, encontros e redes de troca de experiências entre cooperativas de diferentes ramos, estimulando o protagonismo feminino, a equidade de gênero e a inovação social dentro do modelo cooperativista. No Ceará, o comitê regional atua em parceria com cooperativas filiadas, além de incentivar a criação de novos comitês femininos em todo o estado.

1º Summit Sicredi de Estratégia promove alinhamento estratégico da instituição

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O Sicredi, instituição financeira cooperativa presente em todo o Brasil, realizou nos dias 1º e 2 de outubro, em São Paulo, o 1º Summit Sicredi de Estratégia. O encontro busca o alinhamento estratégico da atuação conjunta de todas as cooperativas, centrais e centro administrativo e a troca de experiências e aprendizados por meio de palestras e debates.

Um dos principais destaques da programação foi a palestra do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que abordou temas centrais para o cooperativismo de crédito no Brasil. Em sua fala, Galípolo tratou sobre o papel do relacionamento e do cooperativismo financeiro, assinalando os diferenciais do Sicredi; o crescimento econômico e o papel do agro na expansão do PIB nacional, além de inovações como o Pix e o Drex. Destacou ainda o quanto as cooperativas de crédito complementam o ecossistema do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

O Summit teve foco no ciclo estratégico da instituição abordando nas palestras temas como IA e excelência no relacionamento. Para materializar o impacto do relacionamento próximo que ocorre nos mais de 2,1 mil municípios, associados de diversas regiões do Brasil trouxeram cases relacionados ao empreendedorismo e ao agronegócio, evidenciando o quanto o Sicredi tem sido um impulsionador do seu crescimento.

“O nosso Summit reafirma o compromisso do Sicredi com uma atuação estratégica sólida, colaborativa e conectada com os desafios e oportunidades do Sistema Financeiro Nacional. Ficamos muito orgulhosos com a presença do Presidente do Banco Central e entendemos isso como um incentivo para continuarmos fortalecendo o diálogo, o relacionamento próximo com nossos associados e comunidades, gerando, impacto positivo onde estamos presentes”, destacou o presidente do Conselho de Administração da SicrediPar, Fernando Dall’Agnese.

Participaram do Summit presidentes das cooperativas e das centrais do Sicredi, diretores, executivos das cooperativas e centrais, além dos diretores do Centro Administrativo.

 

Fonte: EasyCoop

Conheça a Coopivara, nova mascote do cooperativismo

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A nova representante do SomosCoop, movimento de fortalecimento do cooperativismo brasileiro, vive em grupo, é parceira, tranquila e está fazendo sucesso nas redes sociais. Ela é a Coopivara, uma capivara que está mostrando ao país que cooperar é o melhor caminho para construir um mundo mais justo e sustentável. 

Natural do Brasil, a capivara é um mamífero que vive em conjunto – compartilhando espaço e recursos com seus colegas – convive bem com outras espécies e, mesmo sendo considerada um animal territorialista, é mansa e tranquila. O nome tem origem tupi-guarani e significa “comedor de capim”. 

Assim como nas cooperativas, as capivaras sabem que a força está no grupo, não no indivíduo. Apesar de ser o maior roedor do mundo, esse simpático animal tem fama de dócil, gentil e pacífico, características que combinam bem com o jeito cooperativista de atuar com respeito e colaboração. 

“A Coopivara foi escolhida como mascote do movimento SomosCoop para representar, de forma simpática e autêntica, os valores que movem milhões de cooperados em todo o país. Como toda boa capivara, ela mostra que a força está na união, que é possível conviver na coletividade com respeito, ajudar uns aos outros para termos um mundo melhor para todos”, explica a gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, Samara Araujo.

Nas redes sociais, a mascote tem conquistado a simpatia dos seguidores do @SomosCoop, que se encantaram pelo jeito sorridente e acolhedor da capivara cooperativista. Mais que um símbolo divertido, a Coopivara também é um convite à reflexão e à ação. Com bom humor, a mascote tem levado a mensagem de que viver junto, ajudar o próximo e cuidar do planeta é coisa de quem coopera.

Quer saber mais sobre a mascote Coopivara? Siga as redes sociais do SomosCoop e fique por dentro das novidades dessa diva cooperativista!

Pesquisa revela efetividade da CapacitaCoop

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Dados mostram que 99,5% dos alunos apontaram avanços na vida profissional e pessoal após cursos 

 

Um número traduz a força da educação cooperativista no Brasil: 99,5% dos participantes da Pesquisa de Efetividade 2025 reconheceram que os cursos da CapacitaCoop contribuíram diretamente para o seu aprendizado pessoal e profissional. E também que, por trás desse percentual, está uma transformação que supera a qualificação técnica — ela alcança valores, comportamentos e o sentimento de pertencimento que move o cooperativismo. 

Realizada pelo Sistema OCB, a pesquisa ouviu 220 alunos que concluíram cursos autoinstrucionais entre janeiro e dezembro de 2024, com carga horária mínima de 10 horas. O estudo teve como meta mensurar a efetividade da formação oferecida pela plataforma nas dimensões educacional, profissional e sociocultural. Para isso, foram analisados a satisfação e a aplicação do conhecimento na rotina e no desenvolvimento das cooperativas. 

“Os resultados mostram que os cursos da CapacitaCoop são transformadores. Eles fortalecem competências, inspiram novas posturas e reforçam o propósito coletivo que sustenta o cooperativismo”, afirma Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB. 

Ainda segundo ela, o dado de que 95% dos respondentes aplicaram os conhecimentos adquiridos na vida pessoal ou profissional, demonstra que a CapacitaCoop cumpre um papel essencial na qualificação de colaboradores, dirigentes e cooperados. “A cada novo curso concluído, cresce também a capacidade de inovação e a eficiência dentro das cooperativas — um resultado que se reflete na qualidade dos serviços, no fortalecimento da governança e no desenvolvimento regional”, acrescenta. 

Os dados também apontam que 91% dos participantes passaram a adotar novas posturas e habilidades em seu cotidiano, um dos indicadores mais expressivos da pesquisa. Entre os depoimentos, é comum encontrar relatos de quem aprimorou sua atuação, conquistou novas responsabilidades e desenvolveu maior segurança na tomada de decisões. 

“Os cursos ampliaram meu olhar sobre o cooperativismo e me ajudaram a melhorar minha atuação como conselheiro”, relata um dos alunos entrevistados. Outro destaca que o conteúdo o inspirou a promover mudanças na própria cooperativa, reforçando a importância de um aprendizado voltado à prática. “Esse é o verdadeiro sentido da educação cooperativista: formar pessoas capazes de aplicar o conhecimento em benefício coletivo. Cada avanço individual reverbera em todo o sistema”, ressalta Débora. 

Formação que inspira e engaja 

Mais do que qualificar, a CapacitaCoop desperta engajamento. Segundo a pesquisa, 86% dos participantes afirmaram que os cursos despertaram o interesse em se envolver mais com o cooperativismo, seja como colaboradores ou cooperados — um índice que confirma o poder mobilizador da educação como ferramenta de pertencimento e transformação social. 

Além disso, 95,5% dos alunos disseram ter reforçado o entendimento sobre a importância do cooperativismo para a sociedade, mostrando que o conteúdo dos cursos transcende o aspecto técnico e consolida os princípios e valores do movimento. “Os depoimentos revelam uma relação emocional com o cooperativismo. Muitos participantes relatam orgulho em fazer parte do movimento e vontade de multiplicar o conhecimento adquirido. Isso significa que estamos formando agentes de transformação”, destaca Cláudia Moreno, coordenadora da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB. 

Cláudia explica que o estudo foi pensado para ir além da mensuração quantitativa, buscando compreender a jornada dos alunos após a formação. “Queríamos saber se o aprendizado gerou mudanças efetivas — e os resultados mostram que sim, tanto no desempenho profissional quanto no comportamento pessoal”, complementa. 

Um retrato do público que faz o cooperativismo acontecer 

A pesquisa também traçou o perfil dos alunos da CapacitaCoop. A maioria é composta por empregados de cooperativas (52,2%), seguidos por cooperados (15,9%) e dirigentes eleitos (8,4%) — o que demonstra a forte aderência da plataforma junto à base do movimento. Regionalmente, a concentração de respondentes foi maior nas regiões Sudeste (37,7%), Centro-Oeste (27,7%) e Sul (24%), representando mais de 89% do total. 

O perfil etário dos alunos é outro dado relevante: mais de 85% pertencem às gerações X e Millennials, públicos que buscam formação contínua, flexível e voltada a resultados práticos — uma característica plenamente atendida pelos cursos autoinstrucionais da plataforma, que combinam recursos multimídia, conteúdos atualizados e trilhas adaptadas à realidade de cada ramo do cooperativismo. 

Educação como valor social 

Os depoimentos qualitativos reforçam o impacto humano da formação. Entre as falas analisadas, há relatos de alunos que se tornaram disseminadores dos valores cooperativistas em suas comunidades, que fortaleceram suas relações interpessoais e que encontraram na CapacitaCoop um estímulo para seguir aprendendo. “Fiquei impactada com o cooperativismo”, relatou uma participante. Outro declarou: “Tornei-me uma multiplicadora dos princípios cooperativos”. 

Essas percepções revelam o alcance social da plataforma — uma educação que não se encerra na plataforma virtual, mas se estende para as famílias, as comunidades e o ambiente de trabalho. “Quando falamos de efetividade, estamos falando de transformação — de pessoas que passam a agir de forma mais colaborativa, ética e consciente. É isso que diferencia a educação cooperativista das demais”, reforça Cláudia Moreno. 

Aprimoramento contínuo 

Apesar dos índices amplamente positivos, a pesquisa também identificou pontos de atenção, como a necessidade de aprofundar conteúdos voltados ao avanço de carreira e à aplicabilidade direta dos conhecimentos em determinadas funções. Para o Sistema OCB, esse diagnóstico é essencial para o aperfeiçoamento contínuo dos cursos e o desenho de novas trilhas de aprendizagem. “Queremos que cada formação seja uma experiência significativa, que una propósito, aprendizado e resultado. O cooperativismo é um movimento de pessoas, e é nelas que precisamos continuar investindo”, conclui Débora Ingrisano. 

Com mais de 210 mil matrículas concluídas desde o lançamento da plataforma em 2020 e uma comunidade ativa de aprendizes espalhada por todo o país, a Pesquisa de Efetividade 2025 confirma que o conhecimento compartilhado na Capacitacoop vai além da formação básica — ele inspira, conecta e transforma, ajudando o Sistema OCB a cumprir sua missão de fortalecer o cooperativismo como modelo de desenvolvimento sustentável, inclusivo e humano”, acrescenta Cláudia Moreno. 

Os cursos da CapacitaCoop são gratuitos e abertos a todos os interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre cooperativismo, gestão e inovação. Acesse a plataforma e descubra como o aprendizado pode transformar o seu jeito de cooperar.

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Sistema OCB anuncia cooperativas que representarão o Brasil na COP30

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Painéis temáticos darão visibilidade internacional a experiências sustentáveis de todos os ramos 

O cooperativismo brasileiro já está praticamente de malas prontas para marcar presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro. O Sistema OCB divulgou, nesta sexta-feira (17), o resultado da seleção de cooperativas para os painéis temáticos do cooperativismo na COP30. 

A chamada pública, lançada em agosto, teve como objetivo identificar e selecionar experiências concretas de cooperativas de todos os ramos que contribuem para o enfrentamento das mudanças climáticas, com base nos cinco eixos estratégicos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30: 

  • Segurança alimentar e agricultura de baixo carbono 

  • Financiamento climático e valorização das comunidades 

  • Transição energética e desenvolvimento sustentável 

  • Bioeconomia e uso eficiente dos recursos naturais 

  • Adaptação e mitigação de riscos climáticos 

As cooperativas escolhidas participarão de painéis temáticos promovidos pelo Sistema OCB durante a conferência, em espaços oficiais de destaque, além de atividades paralelas nos pavilhões do governo brasileiro, coordenados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e em espaços de parceiros institucionais. 

Cooperativas selecionadas 

A lista de cooperativas que representarão o cooperativismo brasileiro na COP30 contempla os ramos do cooperativismo, com projetos que envolvem desde produção agropecuária de baixo carbono, energia renovável e eficiência energética, até finanças verdes, bioeconomia e recuperação de áreas degradadas. “Nosso papel é mostrar ao mundo que o cooperativismo brasileiro já entrega soluções concretas para a transição climática justa”, destacou Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB. 

Os cases selecionados terão duas formas de participação: 

  • Apresentação presencial, em painéis e debates nos espaços do cooperativismo na COP30; 

  • Exposição digital, com conteúdo exibido nos totens do evento e no portal Coop na COP30, além de campanhas e materiais de divulgação institucional. 

A proposta é ampliar o alcance das boas práticas cooperativistas e reforçar a imagem do cooperativismo como modelo de negócios sustentável, inovador e alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Estamos construindo uma presença plural e representativa. A COP30 será o palco para mostrar a força das cooperativas brasileiras e como elas já contribuem, na prática, para o desenvolvimento de uma economia verde e inclusiva”, reforçou Tania. 

Confira a lista das cooperativas selecionadas: 

  1. Cases com presença física na COP30 

Cooperativa 

Título do Case 

Sicredi Confederação 

Projetos de financiamento do empreendedorismo feminino, transição energética 

Sicoob Confederação 

Programas de financiamento do desenvolvimento rural sustentável, do empreendedorismo e da inclusão bancária e produtiva de indígenas 

Cresol Confederação 

Experiências de microcrédito para agricultura sustentável. 

Coopatrans 

Case chocolates da Cacauway, um negócio de impacto social 

Coopsertão 

Produção Sustentável na Caatinga: Agroecologia, água e solo 

Cooxupé 

Protocolo Gerações - Resiliência Climática e Sustentabilidade na Cafeicultura Cooperativista 

Sicoob Credip 

Robustas Amazônicos: cooperação e investimento em tecnologias mudam a realidade da agricultura, geram integração e salvam a floresta 

Sicredi Confederação 

Quantificação de Riscos Climáticos como Ferramenta Estratégica para Proteção das Culturas Agrícolas dos associados 

CCPR 

Enxergando Sentido Global – Práticas Nota 10 

Cooperativa Vinícola Aurora Ltda 

Estratégias para minimizar os impactos das mudanças climáticas na viticultura da Serra Gaúcha 

COASA 

Nosso Solo, Nossa Colheita. Um case cooperativo que cultiva a sustentabilidade na agricultura 

CAMTA 

Referência em produção a partir de sistemas agroflorestais, com manejo sustentável na Amazônia 

Lar  

Programa de qualificação e certificação sustentável da produção de alimentos 

Cooperativa Mirim Marajoara - SICOOB COOESA 

Cooperativa Mirim Marajoara: crianças e adolescentes unidos pela cooperação, cultivando futuro sustentável no Marajó 

Recicle a Vida Cooperativa De Catadores do DF 

“Recicle a Vida: Economia Circular, Inclusão Social e Inovação na Reciclagem de Plásticos” 

Cresol Encostas da Serra Geral 

Case Abelhas Nativas, Cooperativismo e Impacto: da Capital Nacional da Meliponicultura ao Protagonismo Internacional em Sustentabilidade, Educação e Renda 

Central Sicoper-Cresol 

Cresol Siga: financiamento para saneamento, infraestrutura e gestão da água 

Sicredi Confederação 

Programa de Captações Sustentáveis 

Sicoob Confederação 

Cases em inclusão produtiva, geração de emprego e apoio comunitário 

Cooperativa Agropecuaria Mista Terranova Ltda 

Energia solar como alternativa para reduzir custos na produção leiteira 

Creral 

Bioroz e Cinroz: Biopolímeros sustentáveis a partir da casca e cinzas de casca de arroz associado a produção de energia pela casca de arroz 

Sicredi Confederação

Café Carbono Neutro 

Sicoob São Miguel SC/PR/RS 

COOPENAD: Cooperação que ilumina um futuro sustentável 

Sicredi Confederação 

Sicredi pelo Rio Grande: solidariedade e reconstrução após o desastre climático 

Cresol Horizonte 

Incentivo a boas práticas ambientais na cadeia produtiva de bubalinos 

Coomflona 

Manejo Florestal Sustentável na Flona do Tapajós 

Coopercitrus 

Restauração que transforma: cooperação e parcerias pela água, floresta e clima 

Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA 

Fortalecimento da Bioeconomia na Amazônia por Meio do Cooperativismo Sustentável 

Cooperacre 

Arranjo produtivo da sociobioeconomia na Amazônia 

Coopmetro 

PAV – Programa de Renovação de Frota: mobilidade sustentável e fortalecimento da economia local 

Primato Cooperativa Agroindustrial 

SUÍNO VERDE - Energia Limpa do Campo ao Transporte 

Sistema Ocemg 

Programa MinasCoop Energia 

Coopernorte 

Cooperação Embrapa–COOPERNORTE: inovação e resiliência climática para a Amazônia 

Coplana 

Tecnologias de agricultura de precisão, bioinsumos e soluções em baixo carbono 

Cocamar 

Práticas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e produção sustentável em larga escala 

  1. Cases com conteúdo na COP30 

Cooperativa 

Título do Case 

Sicoob Credicenm 

Formando Cidadãos Conscientes: Cooperativas Mirins e o Futuro Sustentável 

CCPR 

Enxergando Sentido Global – Logística Nota 10 

CCPR 

Enxergando Sentido Global – Usina Fotovoltaica 

CCPR 

Enxergando Sentido Global – Cooperando Com O Planeta 

Sicredi Confederação

Complexo Solar Sicredi Confederação

CCPR 

Enxergando Sentido Global – Recicla Mais 

Sicoob Aracoop 

Fortalecimento Sustentável da Cadeia Produtiva da Piscicultura em Morada Nova de Minas 

Sicoob Aracoop 

Financiamento de Usina Fotovoltaica para o Cooperativismo de produção de frutas em Pirapora MG  

Sicoob Credinacional 

Micro Usinas Sicoob Credinacional: Energia Limpa e Impacto Social 

Sicoob Coopemata 

Transformação Sustentável: Neutralização de CO₂ e Reflorestamento para um Futuro Verde 

Sicoob Credialto 

Compartilhando Energia, Multiplicando Saúde: Cooperando por uma Saúde Sustentável 

Sicoob Centro 

Do cacau ao chocolate: cooperar é coisa nossa 

Sicoob Montecredi 

O despertar de uma Terra Adormecida: A Fazenda Três Meninas, a cafeicultura regenerativa no Cerrado Mineiro e sua contribuição para o produtor, o consumidor e o planeta 

Unicred União 

Projeto Integrado de Energia Renovável: Microusinas e Intercooperação da Unicred União 

Cooperconcórdia  

Programa multiplicadores lixo zero  

Turiarte 

Geração de renda sustentável com artesanato e turismo comunitário na Amazônia 

Coopric 

Café com identidade: Sustentabilidade e resiliência na Chapada Diamantina 

Copercampos 

Uma cooperativa sustentável – Ação local, impacto global 

Coopercitrus 

Sistematização agrícola de precisão: transformando paisagens, reduzindo emissões e multiplicando renda 

Coopernorte 

Programa de Produtividade COOPER+: inovação, sustentabilidade e aumento da produtividade no campo 

Coopernorte 

CPAC – Pesquisa aplicada e resiliência climática para a agricultura cooperativa amazônica 

Coopernorte 

Agroindústria COOPERNORTE: agregação de valor, segurança alimentar e sustentabilidade para o Pará 

Cresol Confederação 

"Geração de Renda Sustentável contribuindo com a Valorização da Cultura Quilombola na Comunidade Vargem do Sal através do Artesanato em Licuri'' 

Cresol Confederação 

Transição Agroecológica Participativa para Cadeias Hortícolas e Frutícolas no Brasil e Uruguai 

Cresol Evolução 

Projeto Tampinhas Solidárias - Projeto de reciclagem de tampinhas 

FECOGAP 

O Garimpo como Aliado do Desenvolvimento Sustentável e da Inclusão Social na Amazônia 

Lar  

 Cadeia de Proteína Animal da Lar Cooperativa: um Modelo de organização social e de desenvolvimento econômico     

Lar  

Alimentação animal sustentável e de baixo carbono aliada á eficiência produtiva 

Lar  

Lar Cooperativa: eficiência no uso dos recursos e geração de energia a partir de resíduos 

Lar  

Produção sustentável de biodiesel como estratégia de redução de emissões e transição energética 

Lar  

Redução da emissão de metano em dejetos de suínos, a partir da produção de energia elétrica por meio de biogás   

Lar  

 Da Fonte à Vida: Protegendo e Recuperando Nascentes   

Lar  

Ferramenta de Impacto Sustentável com ênfase na agricultura de Precisão, redução de GEE e gestão de carbono no solo   

Lar Cooperativa Corretora de Seguros 

Gestão inteligente de riscos climáticos com seguro agrícola 

Sicoob Conexão 

Reinholz Chocolates: Empoderamento Feminino e Sustentabilidade no Campo 

Sicoob Confiança 

Piscicultura Autossustentável com Energia Fotovoltaica e Integração Cooperativa 

Sicoob Metropolitano 

Ativo Verde Digital: Preservação Ambiental com Blockchain  

Sicredi Confederação 

Projeto Recuperando Nascentes 

Unicred Ponto Capital 

Projeto Batalhão do Bem: o cooperativismo em ação! 

 

Tania Zanella destaca ações do coop no 5º Fórum Integrativo Confebras

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Cooperativismo de crédito brasileiro em destaque! Em João Pessoa (PB), nos dias 16 e 17 de outubro, acontece o 5º Fórum Integrativo Confebras. Promovido pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), o evento reúne lideranças, gestores e executivos de todo o país em dois dias de trocas, aprendizado e conexão em torno de um propósito comum: fortalecer o ecossistema cooperativo e projetar o futuro do cooperativismo de crédito. Na manhã desta quinta (16), a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou da abertura oficial do Fórum com a palestra sobre as Ações do Ano Internacional das Cooperativas e COP30.

Tania destacou o protagonismo do cooperativismo brasileiro no cenário internacional e reforçou o papel das cooperativas na construção de uma economia mais sustentável, inclusiva e colaborativa. “O cooperativismo brasileiro tem mostrado, na prática, que é possível crescer com responsabilidade social e ambiental. O Ano Internacional das Cooperativas reforça essa mensagem e nos convida a ampliar nossa visibilidade, mostrando ao mundo que as cooperativas fazem parte da solução para os grandes desafios globais”, afirmou. 

A superintendente apresentou dados que ilustram a força e o impacto socioeconômico do setor. Segundo o AnuárioCoop 2025, o país conta com 4,3 mil cooperativas e 25,8 milhões de cooperados, o equivalente a 12% da população brasileira. O cooperativismo movimenta R$ 757,9 bilhões em ingressos anuais, gera 578 mil empregos diretos e está presente em 469 municípios. “Esses números contam uma história de desenvolvimento inclusivo. As cooperativas geram renda, promovem educação financeira, fortalecem comunidades e estimulam o empreendedorismo local. Cada real movimentado pelas cooperativas retorna em benefícios para a sociedade”, destacou. 

Com o tema Cooperativas constroem um mundo melhor, o Fórum propõe uma imersão em temas que vão desde liderança 5.0 e propósito até inovação tecnológica, intercooperação e sustentabilidade. A programação inclui palestras e painéis, além de espaços interativos de convivência, como a Feira de Negócios Cooperativistas e o Lounge Literário Confebras, que promove lançamentos de livros e sessões de autógrafos. 

Após sua palestra, Tania também participou de um bate-papo no podcast ConectCoop, produzido pela Confebras. Ela compartilhou com o jornalista Gil Oliveira, impressões sobre o momento vivido pelo cooperativismo brasileiro e as perspectivas para o futuro do movimento no país e no mundo. 

O evento continua nesta sexta-feira (17), com trilhas temáticas, painéis sobre inovação e ESG, além da leitura da Carta Aberta Coop Financeiro do Futuro, documento colaborativo que reunirá os principais aprendizados e propostas construídas ao longo dos dois dias para impulsionar ainda mais o cooperativismo de crédito no Brasil.

Sabia que o Chico Bento é coop?

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Se você já leu gibis, com certeza conhece o personagem Chico Bento, um menino de 8 anos, que vive no campo e adora comer goiabas direto do pé. Criado pelo Mauricio de Sousa em 1963, o personagem tem atravessado gerações e conquistado fãs da vida no interior, em contato com a natureza. O que muita gente ainda não sabe é que o Chico Bento é cooperativista! É isso mesmo, a história do caipira mais amado do Brasil começou em uma cooperativa. 

Em 1960, a Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC), uma das maiores coops agrícolas da época, encomendou ao cartunista uma revista em quadrinhos que mostrasse a vida no campo de forma leve e divertida. Primeiro, foram criados os personagens Hiroshi e Zezinho, que, anos depois, ganharam a companhia de Francisco Antônio Bento - nome completo do Chico - nas tirinhas. O novo integrante fez tanto sucesso que ganhou sua própria revistinha e tornou-se um dos campeões de tiragem, ao lado de Mônica, personagem mais famosa de Mauricio de Sousa.

Com uma linguagem caipira e apreciando coisas boas da vida como nadar no rio e comer frutas frescas – principalmente goiabas – Chico conquistou o público de todas as idades com seu jeito aventureiro e carismático, sempre rodeado de amigos e animais. 

Nas histórias encomendadas pela Cooperativa Agrícola de Cotia a Mauricio de Sousa, os personagens retratavam a importância do trabalho em equipe, da união e da valorização da vida no campo. A coop funcionou de 1927 até 1994 e, com Chico Bento, deixou para o país um símbolo cultural reconhecido até hoje. 

Desde 2020, por exemplo, Chico é embaixador do WWF por suas histórias que sempre destacam a importância de preservar a natureza. No ano passado, as aventuras do menino da roça também viraram filme: o longa-metragem Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa, premiado e reconhecido pelo público. E tudo isso começou no coop! 

O coop é pop 

Além do personagem dos quadrinhos, o cooperativismo se conecta à cultura em outras áreas, mostrando que a colaboração também é parte da nossa identidade. Recentemente, o coop foi destaque em duas novelas da TV Globo: em Terra e Paixão, cooperativas agropecuárias e financeiras eram cenários importantes para a trama; já No Rancho Fundo abordou o cooperativismo de crédito e seu impacto no desenvolvimento local. 

Nas telonas, o filme No Ritmo do Coração, vencedor do Oscar 2022, conta a história de Ruby Rossi, a única ouvinte em uma família de pescadores surdos. Um dos pontos centrais da narrativa é a criação de uma cooperativa de pescadores, que garante melhores condições de trabalho e renda para a família e permite que a protagonista possa seguir seu sonho de se tornar uma artista em outra cidade.

Coop integra coalização e cobra votação dos vetos ao licenciamento

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Cancelamento da sessão conjunta do Congresso Nacional é criticada pelo setor produtivo 

O Sistema OCB, junto a outras entidades representativas do setor produtivo nacional, assinou nota oficial manifestando descontentamento com o cancelamento da sessão conjunta do Congresso Nacional que analisaria os vetos presidenciais à Lei Geral do Licenciamento Ambiental. O adiamento, segundo a Coalizão das Frentes Produtivas, representa um retrocesso no diálogo entre os setores econômicos e o poder público, comprometendo o avanço de um marco regulatório essencial para o desenvolvimento sustentável do país. 

A decisão de postergar a deliberação — tomada após apelo do governo — frustrou expectativas de diversos segmentos produtivos, que há meses se mobilizam em favor de uma legislação moderna e equilibrada. A Coalizão defende que a Lei Geral do Licenciamento Ambiental seja mantida em sua integridade, de forma a garantir segurança jurídica, previsibilidade e respeito ao pacto federativo, bem como permitir que estados e municípios exerçam com clareza seu papel no processo de licenciamento. 

O grupo alerta ainda que os vetos presidenciais descaracterizam a estrutura da lei, o que compromete sua aplicação prática e gera insegurança regulatória. Com a entrada em vigor prevista para fevereiro de 2026, a ausência de dispositivos centrais poderá deixar entes federativos sem base legal clara para conduzir licenciamentos e abrir espaço para paralisações de obras, empreendimentos e atividades essenciais em todo o país. 

Para a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, a manutenção do diálogo e o fortalecimento da legislação ambiental equilibrada são fundamentais para o futuro do Brasil. “O cooperativismo sempre defendeu o desenvolvimento sustentável, com equilíbrio entre produção e preservação. O que o setor produtivo busca é uma lei que traga segurança jurídica e eficiência, permitindo que o país cresça de forma responsável. O adiamento da votação representa um passo atrás nesse esforço coletivo”, destacou. 

A nota reforça que a defesa da apreciação dos vetos não trata de uma disputa entre economia e meio ambiente, mas da construção de um caminho conjunto para o crescimento com responsabilidade. “O Brasil precisa de estabilidade regulatória para continuar gerando emprego, renda e inovação, sem abrir mão da sustentabilidade”, conclui o texto. 

A manifestação é assinada por 12 frentes parlamentares, entre elas a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que integra a Coalizão das Frentes Produtivas.

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Vozes do Cooperativismo destaca a força das cooperativas de trabalho no Ceará

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Na edição desta semana do Vozes do Cooperativismo, o tema foi “Como se organizam as cooperativas de trabalho”, com a participação de Cristina Bandeira, presidente da Cooperativa de Trabalhos dos Profissionais de Enfermagem e de Saúde do Nordeste do Estado do Ceará (Coopernordeste-CE) e representante do Ramo Trabalho e Produção de Bens e Serviços no Sistema OCB/CE, e Osmiro Barreto, presidente da Cooperativa dos Pediatras do Ceará (Cooped-CE). A conversa foi conduzida pelo jornalista Rafael Mesquita, do Sistema OCB/CE.

As cooperativas de trabalho são organizações formadas por profissionais que se unem para melhorar suas condições econômicas e profissionais. Regidas pela Lei nº 12.690/2012, essas cooperativas promovem autonomia, autogestão e desenvolvimento coletivo, fortalecendo o papel do trabalhador como protagonista do próprio sustento.

No Ceará, o ramo Trabalho reúne 22 cooperativas formalmente cadastradas, abrangendo profissionais como enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, dentistas e técnicos de laboratório. No cenário nacional, o segmento conta com 597 cooperativas, 187 mil cooperados e 8,2 mil empregos diretos, movimentando cerca de R$ 4,8 bilhões em receitas, R$ 2,5 bilhões em ativos e R$ 378 milhões em sobras — valores que retornam aos cooperados, reforçando o caráter solidário e sustentável do modelo.

Durante o programa, Cristina Bandeira destacou o papel transformador das cooperativas de trabalho:

“Ser cooperativista é garantir o próprio sustento por meio da união. Trabalhar em cooperativa é algo fascinante para quem acredita no cooperativismo. Esse ramo abre espaço no mercado, tanto público quanto privado, para profissionais que, sozinhos, talvez não conseguissem ingressar. A cooperativa de trabalho oferece capacitação, encaminha e acompanha o profissional, mesmo sem experiência, até que ele esteja preparado para atuar.”

Fundada em 2014, a Coopernordeste-CE reúne mais de 2 mil cooperados ativos em atuação na capital e no interior do estado. A cooperativa vem expandindo sua atuação para o exterior, com uma parceria firmada com a Alemanha para envio de profissionais da enfermagem, que já se preparam para atuar no país europeu a partir de 2026.

Já o Dr. Osmiro Barreto destacou a trajetória de sucesso da Cooped-CE, que completou 30 anos de fundação:

“Nossa cooperativa nasceu da necessidade de valorização dos pediatras no Ceará. Em 1995, 41 médicos decidiram se unir em busca de melhores condições de trabalho e remuneração. Hoje somos 1.166 pediatras cooperados, todos especialistas ou com residência médica.”

Ele também ressaltou o protagonismo das mulheres na cooperativa:

“Enquanto muitas cooperativas ainda buscam maior inclusão feminina, na Cooped a realidade é inversa — 82% dos nossos cooperados são mulheres, e elas também lideram em produtividade e faturamento. É um motivo de grande orgulho.”

A Lei 12.690/2012 também marcou a evolução da cooperativa, que passou a adotar o modelo de cooperativa de trabalho, garantindo direitos como repouso anual remunerado, entre outros benefícios.

Cooperativismo que transforma

As duas cooperativas exemplificam o verdadeiro espírito cooperativista: além de gerar trabalho, renda e oportunidades, promovem ações sociais voltadas à comunidade. A Cooped-CE, por exemplo, foi premiada no SomosCoop 2022 por um de seus projetos de impacto social e, junto com a Coopernordeste-CE, participa de programas e iniciativas articuladas pelo Sistema OCB/CE que fortalecem a atuação comunitária das cooperativas, como o Dia C de Cooperar, realizado anualmente em todo o país.

O episódio evidenciou que o Ramo Trabalho e Produção de Bens e Serviços é um dos mais representativos do cooperativismo cearense, um setor que cresce, inova e transforma vidas, tendo como base a solidariedade, a cooperação e o desenvolvimento coletivo.

Sobre o Vozes do Cooperativismo

O Vozes do Cooperativismo é uma realização do Sistema OCB/CE em parceria com o Sistema Jangadeiro. O programa vai ao ar ao vivo todas às quartas-feiras, a partir das 13h, pela rádio Jangadeiro BandNews FM e pelos canais do YouTube da rádio e do Sistema OCB/CE. Além disso, pode ser assistido às sextas-feiras, às 21h, na Nordestv (canal 27.1), e aos sábados, às 8h30, na TV Jangadeiro (canal 12.1).

Confira a íntegra do programa desta semana AQUI.

No crédito ou no débito? No coop! O poder de escolher prosperar com propósito – Tania Zanella é Superintendente do Sistema OCB

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Vivemos um momento em que o mundo busca caminhos para equilibrar crescimento econômico e bem-estar social. Entre tantas respostas possíveis, o cooperativismo de crédito se reafirma como uma das mais consistentes — porque coloca as pessoas no centro das decisões e entende que a prosperidade só tem sentido quando é compartilhada.

Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), celebrado em 16 de outubro, convida o mundo a refletir sobre esse modelo que alia eficiência financeira, propósito social e desenvolvimento local. Em 2025, o tema escolhido pelo Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (WOCCU) — Cooperação para um mundo próspero — traduz com precisão o que o cooperativismo representa hoje: uma forma moderna e humana de fazer finanças, onde a rentabilidade se mede também pelo impacto positivo gerado nas comunidades.

No Brasil, o cooperativismo de crédito já é uma força de transformação concreta. São 689 cooperativasmais de 20 milhões de cooperados e 10 mil pontos de atendimento, muitos deles em cidades onde não há nenhuma outra instituição financeira. Isso significa que o acesso ao crédito, à poupança e à educação financeira chega a lugares e pessoas que, historicamente, estavam à margem do sistema. As cooperativas ampliam oportunidades, estimulam o empreendedorismo e fortalecem economias locais.

E o impacto vai muito além. Em 2024, o setor movimentou R$ 455 bilhões em operações de crédito e ultrapassou R$ 885 bilhões em ativos, com crescimento superior a 20% em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, mantém uma carteira verde de mais de US$ 10 bilhões, apoiando projetos de energia limpa, agricultura de baixo carbono e práticas sustentáveis de produção. Esses números expressam o equilíbrio entre desempenho econômico e compromisso socioambiental — um diferencial que tem colocado o cooperativismo brasileiro em destaque no cenário global.

Os resultados mais valiosos, no entanto, nem sempre cabem nas planilhas. Eles aparecem nas histórias das pessoas e nas transformações das comunidades. Cada empréstimo concedido, cada ação de capacitação ou fundo social representa a materialização de um princípio que sustenta o movimento cooperativo desde sua origem: o de que o desenvolvimento é coletivo.

Essa essência está refletida também na campanha nacional lançada este ano pelo Sistema OCB e pelas cooperativas do segmento: No crédito ou no débito? No coop!. Inspirada em uma pergunta simples do cotidiano, a iniciativa traduz o sentido da escolha cooperativa — uma decisão consciente de fazer parte de uma rede que multiplica prosperidade. Dizer “no coop” é reconhecer que o dinheiro pode ser um instrumento de transformação, quando usado com propósito e responsabilidade.

Os investimentos sociais realizados pelas cooperativas, somados à distribuição de resultados aos cooperados, geram bilhões de reais em benefícios econômicos e sociais todos os anos. São recursos que voltam para as comunidades em forma de educação, cultura, saúde e desenvolvimento local. Essa lógica circular do cooperativismo — onde o resultado coletivo impulsiona o progresso de todos — mostra que é possível fazer finanças de um jeito diferente e sem abrir mão da eficiência.

O DICC 2025 nos convida, portanto, a celebrar o que o cooperativismo de crédito tem de mais genuíno: sua capacidade de unir o econômico ao humano. De conectar pessoas, ideias e propósitos em torno de um objetivo comum. Em um tempo em que se fala tanto em inovação e sustentabilidade, o cooperativismo de crédito mostra que a verdadeira inovação está em colocar a cooperação no centro. Porque prosperar junto não é apenas um ideal — é o caminho mais inteligente e sustentável para o futuro.

 

Fonte: MundoCoop

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Sistema OCB/CE leva cooperativa cearense a missão técnica em Minas Gerais com foco em inovação e intercooperação

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Entre os dias 6 e 9 de outubro de 2025, o Sistema OCB/CE – Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado do Ceará levou representantes da Cooperativa dos Agricultores Familiares da Região Norte do Estado do Ceará (Coopenort) a uma missão técnica em Minas Gerais, com o objetivo de promover intercâmbio de conhecimento e fortalecer a intercooperação entre cooperativas agropecuárias. A iniciativa contou com o apoio da OCEMG – Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais e do Sistema OCB Nacional.

A comitiva visitou a Cooperativa Agropecuária do Alto Paranaíba (Coopadap), onde foi recebida pelo superintendente Cristiano Kano e pela equipe técnica da cooperativa. O grupo participou de visitas aos campos experimentais, ao packing house de cenoura e alho e ao laboratório de qualidade de café. Durante a missão, foram debatidos temas sobre fitotecnia, irrigação, mecanização, bioinsumos e governança cooperativa, além da importância da pesquisa aplicada e da integração entre produção e mercado.

WhatsApp Image 2025 10 16 at 08.42.02 2Na manhã do dia 9, a comitiva visitou a indústria Vitalle Foods, em Luz-MG, referência em processamento e acondicionamento de legumes embalados a vácuo, fortalecendo a compreensão sobre agregação de valor, aproveitamento de produtos, economia circular e exportação.

“Aprendemos a conservar melhor nossos produtos na pós-colheita. A pesquisa e o conhecimento técnico são fundamentais para o desenvolvimento do negócio. Inovar é preciso”, afirmou Manfredo Lins e Silva, gerente de Inovação do Sistema OCB/CE. “A serra da Ibiapaba é muito parecida com São Gotardo, a Coopenort é exemplo de desenvolvimento e pioneirismo, assim como foi a Coopadap no desenvolvimento desta região de Minas Gerais…”, completou.

A experiência reforçou a relevância da intercooperação como estratégia de crescimento sustentável e desenvolvimento regional. Segundo o presidente da Coopenort, Daniel Souza, “a visita mostrou que temos uma trilha sólida a seguir e podemos crescer muito nos próximos anos, a exemplo da Coopadap”.

5 motivos para comprar produtos de cooperativas

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As cooperativas fazem parte do dia a dia dos brasileiros. Em 2024, uma pesquisa do Sistema OCB revelou que 77% dos entrevistados conheciam pelo menos uma coop e que para 63% das pessoas o fato de um produto ser cooperativista influencia diretamente sua decisão de compra. 

O cooperativismo produz alimentos e bebidas – como grãos, carnes, lácteos, café e vinho –, roupas, calçados, acessórios, móveis, peças artesanais, além de serviços nas áreas de educação, saúde, finanças e infraestrutura. Todos eles têm um diferencial: são feitos de forma justa, inclusiva e sustentável. 

“O cooperativismo é um modelo de negócios que tem o que o novo consumidor busca: confiança e propósito. Além da qualidade dos seus produtos e serviços, as cooperativas se destacam por valorizar a sustentabilidade, diversidade, inclusão, transparência e atendimento ao cliente. E cada vez mais brasileiros estão fazendo essa escolha”, afirma a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta.

Identificar os produtos das cooperativas é fácil: eles têm o carimbo SomosCoop, uma marca nacional que garante a identidade cooperativista, representa confiança, ética, responsabilidade social e compromisso com o desenvolvimento sustentável.

Reunimos 5 motivos para mostrar que comprar de cooperativas é um bom negócio, com exemplos práticos: 

1- Garantia de qualidade e procedência

Quando você escolhe o produto ou serviço de uma cooperativa pode ficar tranquilo sobre a origem e as condições adequadas de produção. No cooperativismo, as pessoas estão em primeiro lugar e isso faz a diferença para quem produz e quem consome. As cooperativas valorizam boas práticas,  respeitam normas sanitárias, ambientais e trabalhistas e têm compromisso com a qualidade. Muitas coops também têm produtos com certificação de origem e rastreabilidade, que permitem identificar com precisão onde e como um produto foi feito. 

Na Cooperativa de Produção e Desenvolvimento do Povo Paiter Suruí (Coopaiter), que atua na Terra Indígena Sete de Setembro – divisa entre Rondônia e Mato Grosso –  200 cooperados indígenas produzem café e castanha de forma sustentável, em meio à floresta. O café da cooperativa já recebeu um prêmio nacional e abastece a maior indústria do país. 

2 - Valorização do trabalho justo e da produção sustentável

As cooperativas geram emprego e renda e promovem o trabalho decente. Segundo dados do Anuário do Cooperativismo 2024, as coops brasileiras geram 550.611 empregos diretos e pagam cerca de R$31 bilhões em salários e encargos. Tudo isso sem abrir mão de processos que garantem a preservação do meio ambiente, com o uso responsável dos recursos naturais, valorização da energia renovável, gestão de resíduos e práticas agrícolas sustentáveis, promovendo um ciclo produtivo responsável e consciente.

Coopercitrus, gigante do ramo agropecuário, é reconhecida internacionalmente por práticas sustentáveis e uso de tecnologias inovadoras para promover a agricultura regenerativa. A cooperativa promove o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas e utiliza técnicas como o plantio direto, que protege o solo e ajuda a evitar a emissão de gases de efeito estufa. 

3- Consumo com propósito

O consumidor consciente busca marcas que têm compromisso verdadeiro com as pessoas e com a sustentabilidade. As cooperativas estão alinhadas a essa demanda e têm seu papel para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com um modelo de negócios que valoriza a diversidade, a inclusão e a distribuição justa dos resultados, as coops têm contribuído para a redução da pobreza, combate à fome, igualdade de gênero, educação de qualidade, trabalho decente e outras metas globais. 

Sabor do Canto, cooperativa formada em Belo Horizonte (MG), é um exemplo de como o cooperativismo pode ser uma ferramenta de transformação social. Criada para organizar e oferecer oportunidades a pessoas em situação de rua, a coop produz lanches e presta serviços de alimentação para eventos. Parte da produção é destinada para Centros de Referência para Pessoas em Situação de Rua da região central da capital mineira. 

4- Fortalecimento da economia local

Cada vez que você escolhe o produto de uma cooperativa, essa decisão tem impacto sobre toda a comunidade. Um estudo do Sistema OCB e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) comprovou que a presença do cooperativismo melhora os indicadores econômicos de um município. De acordo com a pesquisa, cidades com cooperativas têm, em média, um incremento de R$ 5,1 mil no Produto Interno Bruto (PIB) por habitante e um adicional de 28,4 novos empregos formais por 10 mil habitantes. Onde tem coop, há geração de valor e mais prosperidade para as pessoas. 

No interior da Bahia, em Uauá, um pequeno município de 25 mil habitantes, a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc) reúne 285 famílias de agricultores, que produzem umbu e maracujá do mato e transformam as frutas em doces, compotas, geleias, sucos e polpas. Com a cooperativa, os produtores garantem acesso a mercados e preços justos. Além dos benefícios diretos para os cooperados, a Coopercuc gera impacto positivo para mais de 2,5 mil pessoas na cidade, com ações de desenvolvimento sustentável, geração de renda e fortalecimento da agricultura familiar na região. 

5- Distribuição justa dos resultados entre quem produz

Ao contrário de empresas tradicionais, as cooperativas distribuem seus resultados entre os cooperados – que são sócios e donos do negócio –  promovendo justiça econômica. Em todos os segmentos em que o cooperativismo atua, o princípio é o mesmo: cada cooperado recebe uma parte dos resultados proporcionalmente à sua contribuição e tem mais oportunidades de prosperar. O impacto dessa forma de gestão é ainda mais visível entre pequenos empreendedores e profissionais que formam cooperativas para alcançar mais consumidores e mercados. 

Nas cooperativas de crédito – como SicrediSicoobAilosCresol e Unicred – os resultados financeiros (as chamadas sobras) são distribuídos entre os cooperados diretamente na conta, ao final de cada ano. Além disso, uma parcela significativa dos recursos é reinvestida nas comunidades, financiando projetos e iniciativas que beneficiam diretamente os cooperados e suas famílias.

Sistema OCB marca presença no Global Voices 2025

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Evento reuniu lideranças internacionais e debateu inovação, geopolítica e economia 

CNC Global Voices 2025 aconteceu nesta terça (14), em São Paulo, e reuniu líderes e especialistas de renome internacional para debater os rumos da política, economia e inovação no Brasil e no mundo. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, foi representado por Bruno Vasconcelos, Coordenador de Relações Trabalhistas e Sindicais da CNCoop. 

A programação começou com a abertura realizada por José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac. Estiveram na plateia autoridades como o ex-presidente Michel Temer, que participou da cerimônia e reforçou seu interesse no diálogo entre o Brasil e a economia global. 

O primeiro painel, com o tema O papel da inovação e do capital humano no desenvolvimento econômico, contou com a participação de Paul Michael Romer, ganhador do Nobel de Economia em 2018, e James Robison, laureado com o Nobel de 2024. A mediação ficou a cargo da jornalista Juliana Rosa. Logo na sequência, Robison conduziu uma reflexão sobre Rent Seeking, corrupção e como os incentivos e as instituições moldam o comportamento das pessoas, que evidenciou a relevância de instituições sólidas no crescimento sustentável. 

O painel da CNN Brasil discutiu tensões internacionais e os impactos na economia brasileira. Participaram Fernando Ferreira (chefe e Head do Research da XP Investimentos), Gabriel Barros (Economista-chefe da ARX Investimentos) e Reinaldo Le Grazie (sócio da Panamby Capital), sob a mediação de Thais Herédia (analista de Economia da CNN Brasil). 

A sessão Caminhos do Brasil, um painel promovido pelo O GloboValor Econômico e CBN, conttou com apresentações de Erminio Lucci (CEO da BGC Liquidez), João Braga (fundador da Encore Capital) e Octávio Magalhães (diretor de investimentos da Guepardo Investimentos). A mediação ficou a cargo de Luciana Rodrigues (editora de Economia da Globo) e Alex Ribeiro (repórter especial do Valor Econômico).  

O encerramento ocorreu com o painel Impactos Econômicos da Nova Geopolítica Global, conduzido por Heni Ozi Cukier (cientista político), que analisou a correlação entre rearranjos geopolíticos — guerras, alianças, disputas de poder — e os reflexos diretos para as economias nacionais.  

Bruno destacou a relevância da presença do cooperativismo em ambientes que promovem o diálogo entre diferentes setores da economia. Para ele, o Global Voices reforça o papel das cooperativas como parte ativa na construção de soluções para o país. “Participar de um evento como este é uma oportunidade de mostrar que o cooperativismo está inserido nas principais discussões sobre o futuro do Brasil. Quando temas como inovação, produtividade e sustentabilidade são colocados em pauta, o nosso modelo de negócios tem muito a contribuir”, afirmou. 

Agricultura familiar ganha força com o cooperativismo

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A agricultura familiar e o cooperativismo têm uma ótima conexão! Segundo o Censo Agropecuário de 2017, do IBGE, 71,2% dos estabelecimentos rurais de produtores associados a cooperativas são do perfil da agricultura familiar.

E essa ligação não é por acaso! A agricultura familiar consiste em uma produção sustentável e realizada por famílias. Já o cooperativismo visa construir uma economia mais justa, oferecendo boas condições de trabalho aos cooperados e colaboradores, enquanto fornece produtos e serviços de qualidade ao mercado interno e externo. 

Quer saber como essa simbiose funciona? Continue aqui para entender mais sobre a agricultura familiar, sua relação com o cooperativismo e como o modelo de negócios pode alavancar esses estabelecimentos!

Agricultura familiar

A agricultura familiar é essencial para o agronegócio brasileiro não somente por ser um modelo de negócio sustentável. Segundo o IBGE, 77% dos estabelecimentos rurais são de pequenos produtores. 

Mesmo com uma escala menor quando comparadas aos grandes complexos agropecuários, a produção familiar auxilia a manutenção da diversidade agrícola e fomenta o desenvolvimento econômico das áreas rurais. Além disso, a agricultura familiar é responsável por 23% do valor total da produção agrícola nacional.

Fica claro, portanto, que o setor não só contribui com a economia, mas também fornece alimentos frescos e acessíveis, sendo uma ferramenta para a segurança alimentar e incentivando práticas sustentáveis.

 

PNAE e PAA: promovendo a agricultura familiar

Para ser partícipe do desenvolvimento sustentável, a agricultura familiar brasileira conta com algumas iniciativas do Governo Federal. Algumas das mais conhecidas são: o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). 

O PNAE é responsável por garantir que parte dos alimentos das escolas públicas sejam provenientes de agricultores familiares. A ideia é gerar renda aos agricultores, enquanto oferecem alimentos de qualidade aos alunos.

Já o PAA consiste na compra de alimentos diretamente dos pequenos produtores para fortalecer instituições que promovam a segurança alimentar. Assim como o PNAE, o Programa de Aquisição de Alimentos também incentiva a produção sustentável, a segurança alimentar e a geração de renda.

O cooperativismo e a agricultura familiar

A agropecuária também se destaca dentro do cooperativismo. Segundo o Anuário do Cooperativismo 2024, foram contabilizadas 1.179 cooperativas, mais de um milhão de cooperados e 257 mil colaboradores.

Além disso, o Ramo Agropecuário fechou o ano de 2023 com R$ 274 bilhões em ativos e R$ 20,5 bilhões gerados em sobras, que serão distribuídas aos cooperados e investidas na cooperativa. 

Dentro desses grandes números, que mostram o poder e sucesso do cooperativismo, estão os estabelecimentos de agricultura familiar. Nesse modelo de negócios, os agricultores familiares são cooperados e se beneficiam das inúmeras vantagens que o coop tem a oferecer.

Cooperativismo e sustentabilidade

Além de abrigar uma abundância de cooperados de estabelecimentos de agricultura familiar, o cooperativismo também se preocupa com a sustentabilidade. As organizações investem na pauta ESG, abreviatura de Environment (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança), implementando projetos que visam uma produção mais sustentável.

As coops também são agentes de fomento cruciais para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mais conhecidos como ODSs, da ONU. Segundo a organização, o cooperativismo pode auxiliar na inclusão de mulheres, pessoas com deficiência e povos indígenas e na erradicação da fome.

Isso só é possível, pois as cooperativas seguem sete princípios que pregam igualdade, sustentabilidade, democracia e educação. Com esse foco, as organizações visam desenvolver e implementar iniciativas que contribuam para uma economia mais justa.

Cooperativismo fomenta a agricultura familiar

O cooperativismo também busca oferecer boas condições para a atuação dos associados. Por meio do modelo de negócios cooperativista, os pequenos produtores conseguem unir forças para colaborar a fim de obter uma maior integração na cadeia produtiva e ganho de escala sem perder as características essenciais do segmento

Dessa maneira, as cooperativas também atuam para promover a diversificação de negócios, adequando a produção familiar às demandas do mercado. Além disso, ao inovar e acreditar em uma sociedade mais igualitária e sustentável, o cooperativismo mostra que a agricultura familiar tem um espaço para crescer e se desenvolver.

Sendo assim, as cooperativas fomentam os empreendimentos de agricultores familiares, gerando renda a eles e preservando o meio-ambiente. Essas condições fazem com que a permanência no campo aumente, reduzindo o êxodo rural e fomentando o desenvolvimento das comunidades

Cases de sucesso de cooperativas de agricultura familiar

Não é de hoje que as cooperativas incentivam a agricultura familiar. As organizações agropecuárias contam com uma grande parcela de agricultores familiares em sua base de cooperados. Por conta disso, as coops fazem questão de incentivar projetos de inovação que trazem benefícios para todos os associados e para a comunidade em que vivem.

A Coopaita e a Coopemapi, ambas cooperativas de agricultura familiar, contam com o auxílio de algumas organizações para exportar seus produtos e se tornarem referência no ramo. Já o Sicredi aproveitou sua abundância de recursos para incentivar e melhorar a agricultura familiar.

Coopaita: agricultura familiar do Brasil para o mundo

Cooperativa Nacional de Produção e Agroindustrialização, mais conhecida como Coopaita, faz sucesso com as frutas in natura e com a produção de frutas desidratadas. A organização está presente no mercado nacional e internacional.

Para se tornar referência, a cooperativa precisou focar em melhorar a produção, buscando oferecer as melhores condições para o cultivo das frutas in natura. A Coopaita contou com a ajuda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), que desenvolveu novas técnicas e variedades de plantas.

A organização ainda participou de diversas feiras e eventos, e investiu no design de embalagens funcionais e atraentes. Assim, construíram uma boa base de seguidores nas redes sociais e de clientes.

A cooperativa foi capacitada para exportação no PeiexCoop, o Programa de Qualificação para Exportação de Cooperativas da ApexBrasil.

Coopemapi: famílias que produzem mel de qualidade

A Cooperativa de Apicultores do Norte de Minas, mais conhecida como Coopemapi, também passou a exportar mel. O processo aconteceu em 2019 com o auxílio da Agro.BR e do Sistema Faemg/Senar. Já por meio do Programa de Assistência Técnica Gerencial, quatro apicultores foram qualificados e responsabilizados pela produção do mel exportado.

Como parte da Agro.BR, a cooperativa recebe capacitação técnica para atender às exigências do mercado internacional. Diante de todo esse esforço, a Coopemapi já exportou para Bélgica, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Alemanha, Itália e China.

Com o sucesso do mel, os agricultores familiares decidiram lançar produtos diferenciados, como o mel de aroeira e o mel monofloral de pequi. O último produto orgânico produzido foi apresentado na Feira Líder Mundial de Alimentos Orgânicos (Biofach), na Alemanha.

Sicredi: intercooperação financia agricultores familiares

Com mais de sete milhões de associados e uma grande presença em toda a federação, o Sicredi contribui para o desenvolvimento econômico e social de inúmeras comunidades. Prova disso é que o sistema cooperativo é conhecido por ser a segunda instituição com maior liberação de crédito rural do Brasil.

Em 2022, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Sicredi disponibilizou mais de R$ 10 bilhões à agricultura familiar. O valor contempla produtos custeiam o plantio e a manutenção de lavouras, e investimentos em máquinas, implementos, benfeitorias rurais e infraestrutura para energia solar.

A cooperativa também atua em outros projetos que visam a energia verde, como o Renovagro, o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

Conclusão

A parceria entre a agricultura familiar e o cooperativismo é essencial para garantir uma produção sustentável, que promova a inclusão produtiva e gere resultados positivos. Ao prezar por uma economia mais justa, o coop visa apoiar empreendimentos sustentáveis, democráticos e igualitários.

E para estreitar a relação entre a agricultura familiar e o cooperativismo, o CapacitaCoop, do Sistema OCB, oferece o curso Agricultura Familiar nas Compras Públicas. Nele você compreende mais sobre a parceria e conhece as modalidades de compra governamentais que sua cooperativa pode participar.

Alece realiza sessão solene em homenagem ao trabalho das cooperativas cearenses na agricultura familiar e camponesa
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Alece realiza sessão solene em homenagem ao trabalho das cooperativas cearenses na agricultura familiar e camponesa

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A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) realizou, ontem (13/10), uma sessão solene em homenagem ao trabalho das cooperativas cearenses que atuam na agricultura familiar e camponesa. A solenidade marcou o encerramento do Seminário Estadual de Cooperativismo, promovido pela Comissão de Agropecuária da Alece, a partir de requerimento do deputado Missias Dias (PT).

O evento reuniu agricultores familiares, representantes de cooperativas e entidades ligadas ao setor, em um momento de reflexão sobre a importância do cooperativismo como instrumento de fortalecimento econômico, social e comunitário no campo.

Durante a cerimônia, 23 cooperativas cearenses foram homenageadas com certificados em reconhecimento à contribuição que têm dado ao desenvolvimento sustentável do Estado. Entre elas, a Cooperativa da Agricultura Familiar de Itapajé, a Cooperativa Regional dos Assentamentos de Reforma Agrária do Sertão Central, a Cooperativa Agropecuária e de Serviços Nossa Senhora Aparecida, a Cooperativa dos Agricultores e Agricultoras do Projeto Vencer Juntos, de Aracati, a Cooperativa dos Produtores e Agricultores Familiares de Beberibe, a Cooperativa Agropecuária do Trairi e a Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Pindoretama.

Durante o evento, o deputado Missias Dias destacou que o cooperativismo é o motor do desenvolvimento do campo e um caminho essencial para combater a fome e a miséria. “É a partir do cooperativismo feito de forma organizada, autônoma, com o trabalho, suor e força do homem do campo, mas também daqueles que vivem na cidade e atuam na economia solidária, que vamos garantir dignidade ao povo brasileiro”, afirmou.

Representando o Sistema OCB/CE, o gerente jurídico da entidade, André Fontenelle, ressaltou a importância do reconhecimento da Alece ao movimento cooperativista. “O gesto da Assembleia Legislativa, ao prestar esta homenagem, reforça o compromisso do Parlamento cearense com os valores e as conquistas do cooperativismo. A Alece é a Casa do Povo, e ver o cooperativismo — que nasce da união, da solidariedade e do trabalho coletivo — ser valorizado aqui tem um significado muito simbólico. Esse reconhecimento motiva todo o setor a seguir contribuindo para o desenvolvimento do Ceará, gerando renda, fortalecendo comunidades e promovendo uma economia mais justa e inclusiva”, destacou.

O Seminário Estadual de Cooperativismo e a sessão solene reforçaram o papel estratégico das cooperativas no fortalecimento da agricultura familiar e na construção de um Ceará mais sustentável e solidário.

Na COP30, cooperativas mostram como o setor contribui para a ação climática

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As mudanças climáticas deixaram de ser assunto de cientistas há muito tempo e já afetam economias e comunidades em todo o mundo. De 10 a 21 de novembro, o Brasil será sede da maior reunião global sobre como enfrentar esse desafio: a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA). As cooperativas brasileiras marcarão presença no evento, mostrando que são parte da solução para a crise climática e para a construção de um futuro mais justo para as pessoas e o planeta. 

Com expectativa de receber entre 30 mil e 50 mil participantes, a COP30, em Belém, reunirá governos, cientistas, empresas e representantes da sociedade civil de todo o mundo para discutir caminhos de enfrentamento e adaptação aos impactos do aquecimento global. A conferência colocará no centro do debate a valorização da Amazônia como solução climática; a mobilização de um financiamento justo e previsível para ações em países em desenvolvimento; a transição energética justa, inclusiva e socialmente responsável; e a integração entre clima, biodiversidade e justiça social. Também estarão em pauta temas como segurança alimentar, proteção dos povos indígenas e comunidades tradicionais, inovação tecnológica para descarbonização, e a construção de compromissos globais mais ambiciosos rumo à neutralidade de carbono. 

“A COP30 vai ser um momento único para fortalecer parcerias, consolidar compromissos e garantir que as cooperativas continuem a desempenhar um papel de protagonismo na construção de um planeta mais equilibrado para todos, influenciando debates de alto nível”, afirma Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, entidade que representa as cooperativas brasileiras. 

Programação

As contribuições do cooperativismo brasileiro para a agenda climática serão levadas à COP30 com exemplos reais de como o setor tem atuado na transição energética, bioeconomia, combate ao desmatamento, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono.

Um dos espaços com presença do coop será a Blue Zone – onde ocorrem as negociações oficiais, reuniões de grupos de trabalho e sessões plenárias da conferência, inclusive com a presença de chefes de Estado. Nessa área, o trabalho das cooperativas será apresentado em painéis em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), vídeos institucionais, além de um evento sobre o Ano Internacional das Cooperativas. 

As cooperativas também marcarão presença na AgriZone, espaço organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para apresentar tecnologias, pesquisas e soluções desenvolvidas pela ciência brasileira em prol da ação climática. Nesse ambiente, o cooperativismo contará com um estande próprio, incluindo uma área dedicada às cooperativas de crédito, representadas pelos sistemas Cresol, Sicoob e Sicredi.

Além disso, o cooperativismo marcará presença em painéis do governo brasileiro, em espaços próprios na COP30 e em iniciativas de entidades parceiras, como a programação da Casa do Seguro, promovida pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), além das agendas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Os cases cooperativistas que serão levados à COP30 foram selecionados em várias partes do país, demonstrando o compromisso do setor com a ação climática em todos os segmentos em que atua, da agropecuária aos serviços financeiros. 

De acordo com a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, com Débora Ingrisano, o setor tem se destacado, por exemplo, no financiamento climático, na gestão de resíduos, no uso de energias renováveis, na produção sustentável no campo e na floresta - que contribuem para a segurança alimentar e preservação dos ecossistemas -  bem como no estabelecimento de parcerias com foco em sustentabilidade.

“As cooperativas fortalecem a resiliência das comunidades frente aos desafios climáticos e econômicos. Elas são instrumentos de prosperidade local, ajudando a preservar recursos naturais, conservar a biodiversidade, gerenciar corretamente os resíduos e promover o uso responsável de energia e água”, ressalta. 

Para apoiar as cooperativas nessa missão, o Sistema OCB tem iniciativas como a Solução Neutralidade de Carbono e a Solução de Eficiência Energética, que mostram como o cooperativismo brasileiro está comprometido com a construção de uma economia mais verde, circular e inclusiva.

Manifesto coop 

A participação cooperativista na Conferência do Clima de Belém seguirá princípios definidos no Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30, produzido pelo Sistema OCB. No documento, as cooperativas apresentam seu compromisso com a neutralidade de carbono e práticas sustentáveis, destacam o papel do movimento como agente de transformação social e ambiental, e reforçam ser um modelo de negócios alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

O manifesto apresenta propostas cooperativistas para a agenda climática em cinco eixos: Segurança alimentar, tecnologia e agricultura de baixo carbono; Valorização das comunidades e financiamento climático; Transição energética e desenvolvimento sustentável; Bioeconomia como vetor de desenvolvimento e adaptação; e Mitigação de riscos climáticos.

“O documento ressalta que a verdadeira essência da sustentabilidade é a força dos empreendimentos criados por pessoas e para pessoas – definição das cooperativas – que promovem geração de renda e resiliência comunitária. Nele, convocamos governos, organismos internacionais e demais atores da sociedade a fortalecerem políticas de fomento ao cooperativismo como solução para os desafios climáticos”, destaca o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex  Macedo. 

Combate ao câncer de mama é um trabalho cooperativo

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Cuidar está no DNA das cooperativas de saúde. Responsáveis pelo atendimento de mais de 27 milhões de brasileiros, segundo dados do AnuárioCoop 2025, elas reforçam, no Outubro Rosa, seu compromisso com milhares de mulheres que enfrentam o câncer de mama, oferecendo prevenção, diagnóstico e apoio especializado. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), ligado ao Ministério da Saúde, o câncer de mama é o tipo mais incidente entre mulheres no Brasil, com estimativa de 73.610 novos casos por ano entre 2023 e 2025. Além disso, também é a principal causa de morte por câncer entre elas. 

Apesar dos números expressivos, a boa notícia é que, quando diagnosticado e tratado precocemente, o câncer de mama tem altas chances de cura. Embora o diagnóstico seja individual, a jornada de tratamento e superação se fortalece com o apoio dos familiares, amigos, profissionais de saúde e de todos. E aí entra o papel fundamental da cooperação. 

Diagnosticada com a doença em 2023, aos 23 anos, a jornalista Nicole de Lima Cesar, beneficiária da Unimed São José do Rio Preto, percebeu que havia algo errado quando fez um autoexame. Ao perceber um nódulo na mama direita, relatou à sua ginecologista em uma consulta de rotina e foi encaminhada para exames. 

Ela passou por um ultrassom e uma biópsia até receber o laudo de confirmação do câncer, que, apesar de estar em crescimento acelerado, tinha grandes chances de cura. Nesse momento, Nicole estava em uma transição de emprego que poderia tê-la deixado desassistida, mas a continuidade de seu plano de saúde na Unimed São José do Rio Preto garantiu acesso rápido e de qualidade aos exames e tratamentos necessários.

“A Unimed entrou como um divisor de águas nesse processo. Passei por uma consulta longa com a oncologista e o tratamento começou em abril de 2024. Tive acesso a psicólogos, nutricionistas e todos os profissionais da saúde que me ajudaram. Eles foram impecáveis em cada detalhe, desde as conversas até o pós-operatório. A assistência que recebi foi completa – humana, ágil e de altíssima qualidade”, lembra. 

Com o apoio da família, dos amigos e de toda a equipe da Unimed São José do Rio Preto, Nicole está curada. “Hoje, um ano após a última quimioterapia e dez meses depois da cirurgia, estou em remissão. Curada. Renovada. Uma nova mulher”, comemora. 

Prevenção que salva

Assim como Nicole, milhares de mulheres em todo o país podem aumentar as chances de cura do câncer de mama se detectarem a doença em estágio inicial. Por isso, o Outubro Rosa ganha destaque como uma mobilização de prevenção, troca de informações e solidariedade. 

Recentemente, o Ministério da Saúde passou a recomendar a realização de mamografia para mulheres a partir dos 40 anos,  mesmo sem sintomas, em decisão conjunta com o profissional de saúde. Para mulheres de 50 a 69 anos, a orientação é o rastreio obrigatório a cada dois anos. No entanto, 24,2% das brasileiras nessa faixa etária nunca realizaram o exame, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, índices que são ainda mais preocupantes nas regiões Norte (42,1%) e Nordeste (33,7%). 

Mudar esse cenário exige ações conjuntas, campanhas de conscientização como o Outubro Rosa, acolhimento e acessibilidade para garantir acesso ao tratamento. A Unimed São José do Rio Preto tem desenvolvido diferentes iniciativas para garantir que a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama façam parte do dia a dia das mulheres. A coop investe em parcerias com redes credenciadas para agilizar processos, garante o encaminhamento ágil de casos suspeitos e oferece cuidados multiprofissionais, com equipes de psicologia, enfermagem e serviço social.

“Com essas iniciativas, buscamos não apenas encurtar o tempo de resposta e oferecer diagnósticos mais ágeis, mas também proporcionar acolhimento integral às nossas pacientes. Durante todo o ano, promovemos ações contínuas de conscientização e acompanhamento”, explica o  presidente do Conselho de Administração da Unimed São José do Rio Preto, Marcelo Lucio de Lima. 

Para reforçar as ações durante o Outubro Rosa, a cooperativa preparou uma nova edição da exposição Cores da Vida, que apresenta história de mulheres que venceram o câncer de mama com o apoio da Unimed. Além disso, terá um programa especial sobre o tema no Unicast – podcast produzido pelo sistema de cooperativas, que já abordou temas como Agosto Lilás e Setembro Amarelo.

Para o gestor, o Outubro Rosa é uma oportunidade para reforçar o papel do cooperativismo de saúde para a prevenção e o tratamento de mais mulheres brasileiras.  

“O Outubro Rosa é fundamental porque chama a atenção para uma doença que representa cerca de 30% de todos os diagnósticos de câncer em mulheres no Brasil. A campanha funciona como um grande lembrete coletivo e salva vidas”, destaca. 

Cuidados em dia

A cooperação contra o câncer de mama começa no diagnóstico. A médica responsável técnica pelo serviço de Oncologia da Unimed São José do Rio Preto, Carla Maria de Oliveira Ferreira, explica a melhor maneira para o autocuidado. 

“O autoexame não substitui a mamografia, mas continua sendo importante. Ele ajuda a mulher a conhecer melhor o próprio corpo e a perceber possíveis alterações que devem ser investigadas por um médico”, orienta. 

Além da mamografia, a médica explica que exames como ultrassonografia e ressonância magnética das mamas podem complementar o rastreamento em situações específicas, principalmente para esclarecer algum achado.

Veja algumas orientações da médica cooperada para reduzir o risco do desenvolvimento da doença: 

  • Manter uma alimentação equilibrada

  • Praticar exercícios regularmente 

  • Controlar o peso 

  • Evitar o cigarro e o consumo de álcool

  • Boas noites de sono  

Seminário na Alece debate fortalecimento do cooperativismo no Ceará

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A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio da Comissão de Agropecuária (CA), realiza, nesta segunda-feira (13/10), a partir das 8h, no Auditório Murilo Aguiar, o Seminário Estadual de Cooperativismo. O evento tem como objetivo debater o fortalecimento da economia rural, o papel das cooperativas no desenvolvimento sustentável e os desafios enfrentados pelo setor no Estado. No período da tarde, às 14h, será realizada uma solenidade, no mesmo local, para homenagear lideranças e organizações do setor.

Segundo o autor do requerimento do debate, deputado Missias Dias (PT), o cooperativismo desempenha um papel fundamental no fortalecimento da agricultura familiar no Estado. “Por meio da união dos pequenos produtores, as cooperativas possibilitam acesso a mercados, insumos, crédito e capacitação, além de promoverem o desenvolvimento das comunidades rurais”, destaca.

O deputado lembra que a atuação das cooperativas é fortalecida por políticas públicas estaduais e federais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que garantem mercados institucionais para os produtos da agricultura familiar. Segundo ele, no entanto, ainda há desafios a serem superados nesse âmbito, como a ampliação da capacitação, o acesso facilitado a financiamentos e a participação em editais governamentais.

Além dos debates, durante o evento também será realizada uma feira para exposição e comercialização de produtos das cooperativas, com o intuito de valorizar a produção local e aproximar os agricultores dos consumidores.

SERVIÇO - Seminário Estadual de Cooperativismo

Quando: segunda-feira, 12 de outubro de 2025

Horário: a partir das 8h

Local: Auditório Murilo Aguiar - Palácio Deputado Adauto Bezerra (Edifício-Sede da Alece)

 

Fonte: Alece

Do sonho à prática: Vozes do Cooperativismo ensina a registrar cooperativas nesta semana
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Do sonho à prática: Vozes do Cooperativismo ensina a registrar cooperativas nesta semana

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Você sabe como estruturar e registrar uma cooperativa? Esse foi o tema em destaque no programa Vozes do Cooperativismo desta quarta-feira (8). A edição contou com a participação de André Fontenelle, gerente de Processos Corporativos do Sistema OCB/CE, e Thaís Carvalho, assessora jurídica da instituição, com apresentação do jornalista Rafael Mesquita.

O Sistema OCB, sigla para Organização das Cooperativas Brasileiras, reúne entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e a Central Nacional das Cooperativas (CNCoop). Juntas, essas instituições formam a estrutura de representação política e de fomento do cooperativismo no país, atuando para fortalecer e defender esse modelo socioeconômico. No Ceará, o Sistema OCB/CE é a entidade máxima de representação, responsável por orientar, acompanhar e apoiar as cooperativas em todas as etapas, sempre reforçando um princípio fundamental: no cooperativismo, tudo é coletivo.

Durante o programa, André Fontenelle explicou que o primeiro passo para constituir uma cooperativa é identificar em que estágio o grupo se encontra. O Sistema OCB/CE atua tanto com iniciativas que ainda estão apenas na fase de ideia quanto com aquelas já formalizadas. Quando a cooperativa já possui CNPJ, a etapa seguinte é o registro junto à OCB. Para grupos ainda em formação, o processo começa com a chamada Orientação para Constituição de Cooperativas (OTOC), que organiza a iniciativa desde o início.

“Esse trabalho é conduzido pela Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/CE. Nessa fase, um analista especialista em cooperativismo orienta todo o processo, avaliando primeiramente a viabilidade social. É preciso verificar se há pelo menos 20 pessoas reunidas em torno de uma atividade econômica conjunta — seja na agricultura, em uma mesma profissão ou até mesmo no consumo de produtos e serviços. Confirmada essa viabilidade, o Sistema OCB/CE oferece capacitação, assistência técnica, apoio na elaboração de documentos e acompanhamento até a assembleia de constituição. Todo esse processo é gratuito”, destacou Fontenelle.

A assessora jurídica Thaís Carvalho lembrou que o cooperativismo no Brasil tem respaldo legal na Lei Federal nº 5.764, de 1971. “Embora seja uma legislação antiga, ela permanece atual e determina, em seu artigo 107, que todas as cooperativas precisam se registrar na OCB para funcionarem regularmente. Esse processo pode ser iniciado já na fase de constituição, seja pelo grupo que já possui CNPJ ou por aqueles que ainda estão se organizando”, explicou.

O registro é realizado por meio de uma plataforma eletrônica do Sistema OCB, que concentra todas as etapas: cadastro inicial, envio de documentos obrigatórios, análise técnica de conformidade com a legislação, preenchimento das informações sobre os órgãos sociais e pagamento de uma taxa simbólica. Esse acompanhamento especializado é essencial, principalmente para cooperativas que desejam participar de editais e licitações públicas, onde a regularidade documental é requisito indispensável.

Todas as informações sobre como estruturar e registrar uma cooperativa estão disponíveis no site oficial do Sistema OCB/CE, que também oferece tutoriais e orientações detalhadas.

Segundo os especialistas, o cooperativismo é um modelo de negócio democrático, inclusivo e acessível, capaz de gerar desenvolvimento coletivo e novas oportunidades.

Sobre o Vozes do Cooperativismo

O Vozes do Cooperativismo é uma realização do Sistema OCB/CE em parceria com o Sistema Jangadeiro. O programa vai ao ar ao vivo todas às quartas-feiras, a partir das 13h, pela rádio Jangadeiro BandNews FM e pelos canais do YouTube da rádio e do Sistema OCB/CE. Além disso, pode ser assistido às sextas-feiras, às 21h, na Nordestv (canal 27.1), e aos sábados, às 8h30, na TV Jangadeiro (canal 12.1).

Confira a íntegra do programa desta semana AQUI.

O transporte que coopera: como as cooperativas cearenses estão transformando mobilidade, trabalho e economia
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O transporte que coopera: como as cooperativas cearenses estão transformando mobilidade, trabalho e economia

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O programa Vozes do Cooperativismo, exibido nesta quarta-feira (1º), destacou o tema “O Transporte que Coopera”, mostrando como as cooperativas do setor têm garantido serviços de qualidade, promovido inclusão e movimentado a economia. A edição, apresentada pelo jornalista Rafael Mesquita, contou com a participação de Ricardo Oliveira, presidente da Cooperativa de Transporte de Passageiros de Itapipoca (COOPERITA) e representante do ramo transporte no Sistema OCB/CE, e Pádua Chaves, presidente da Cooperativa de Transportes e Logística do Ceará (CEARACOOP).

Hoje, o Brasil reúne 752 cooperativas de transporte, que somam mais de 114 mil cooperados e geram quase 6 mil empregos diretos. Em 2024, o ramo movimentou cerca de R$ 12,1 bilhões. No Ceará, são 26 cooperativas, com 1.971 cooperados, que empregam cerca de 100 profissionais e movimentaram R$ 102 milhões no último ano.

Além de organizar o trabalho, as cooperativas oferecem vantagens coletivas, como compras conjuntas de peças, acesso a contratos maiores e treinamentos para ampliar a competitividade. De acordo com o Sistema OCB, quase metade dessas cooperativas atua no transporte de cargas (49,9%) e 43,2% no transporte coletivo de passageiros.

EXPERIÊNCIAS QUE TRANSFORMAM REALIDADES

Ricardo Oliveira lembrou como a COOPERITA nasceu da necessidade de organizar o transporte no interior cearense:

“Quando a cooperativa começou, em 2009, tínhamos 27 veículos para atender oito municípios da região de Itapipoca. Hoje já são 50 cooperados, cada um com seu próprio veículo. Antes, a realidade era o transporte precário, em muitos casos feito em pau de arara. O que fizemos foi transformar esse serviço, oferecendo à população um transporte mais seguro, organizado e de qualidade, ao mesmo tempo em que garantimos dignidade e respaldo financeiro aos cooperados.”

Segundo ele, o cooperativismo trouxe avanços também em termos de regulamentação e benefícios sociais:

“Quero destacar um ponto importante: as gratuidades. Antes, mesmo com leis que previam esse direito, não havia garantia de que seriam respeitadas. Hoje, com o cooperativismo, todas as gratuidades estão asseguradas, dentro das regras de quantidade por veículo. É um ganho enorme para a população e também para os cooperados, que agora trabalham de forma profissionalizada, com veículos adequados, suporte, seguro e até carro substituto em caso de imprevistos.”

A FORÇA DA INTERCOOPERAÇÃO

Representando o transporte de cargas, Pádua Chaves ressaltou o papel da intercooperação como estratégia para fortalecer o setor no Ceará:

“Ontem mesmo recebi ligações de dois colegas, um de Minas Gerais e outro da Bahia, para tratarmos de uma intercooperação em um serviço na Região Metropolitana, em Maracanaú. O cooperativismo de carga no Ceará ainda está começando a ganhar visibilidade, mas no Sul do país já está muito consolidado. Nosso desafio é construir essas parcerias e mostrar que podemos atender grandes demandas de forma rápida, ativa e organizada. Assim como no cooperativismo de crédito, que financia a renovação da frota, no transporte a intercooperação é fundamental para crescermos e ampliarmos nossa atuação.”

Ele destacou ainda a amplitude da CEARACOOP: “Diferente do transporte de passageiros, na carga não temos tantas limitações. Embora estejamos sediados em Horizonte, operamos em Fortaleza e em estados vizinhos, como Piauí e Maranhão. Nossos serviços acompanham a demanda e os contratos firmados, sempre com foco nas necessidades dos clientes.”

COOPERATIVISMO COMO SOLUÇÃO EM MOMENTOS DE CRISE

O programa também apresentou exemplos de como as cooperativas têm atuado de forma estratégica em situações emergenciais. Um caso recente ocorreu em Fortaleza, quando o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sindiônibus) suspendeu 25 linhas de ônibus.

Diante da crise, a Prefeitura convocou a Cooperativa dos Transportes Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará (COOTRAPS) para assumir as rotas e garantir o atendimento à população. O episódio evidenciou a capacidade das cooperativas de transporte em oferecer respostas rápidas e eficazes em momentos de dificuldade. No entanto, após uma notificação extrajudicial, o Sindiônibus retomou a operação das linhas.

Mais do que organizar o trabalho, o cooperativismo de transporte conecta regiões, assegura direitos, fortalece profissionais e gera impactos positivos para a sociedade. Traz organização, qualidade e segurança, criando oportunidades tanto para quem utiliza quanto para quem realiza o transporte.

 

SOBRE O VOZES DO COOPERATIVISMO

O  Vozes do Cooperativismo é uma realização do Sistema OCB/CE, em parceria com o Sistema Jangadeiro. O programa vai ao ar todas às quartas-feiras, ao vivo, a partir das 13h, pela rádio Jangadeiro BandNews FM e pelos canais do YouTube da rádio e do Sistema OCB/CE. Além disso, pode ser revisto às sextas-feiras, às 21h, na Nordestv (canal 27.1), e aos sábados, às 8h30, na TV Jangadeiro (canal 12.1).