Featured

Vozes do Cooperativismo discute os desafios e conquistas do cooperativismo de saúde no Ceará

  • Artigos em destaque na home: Artigo Inferior 1

WhatsApp Image 2025 09 03 at 16.27.03

O programa Vozes do Cooperativismo, produzido pelo Sistema OCB/CE em parceria com o Sistema Jangadeiro, trouxe em sua edição desta quarta-feira (03) um tema importante: o Cooperativismo de Saúde no Ceará. A apresentação ficou por conta do jornalista Rafael Mesquita e contou com a participação de Angélica Pascoal, diretora da CoopClinic e da CONNECT.COOP, e de Eduardo Vidal, diretor do Ramo Saúde no Sistema OCB/CE e presidente da CONNECT.COOP.

Logo no primeiro bloco, Eduardo Vidal destacou a força econômica do setor: no Brasil, o cooperativismo de saúde movimenta R$ 123 bilhões, reunindo 699 cooperativas. No Ceará, esse valor chega a R$ 4,8 bilhões, com 35 cooperativas, das quais 15 são filiadas à CONNECT.COOP. Juntas, elas geram cerca de 150 mil postos de trabalho diretos em todo o país, sendo cinco mil apenas no Ceará. “O cooperativismo de saúde é hoje o ramo que mais emprega no nosso Estado”, reforçou.

Para Angélica Pascoal, o modelo representa muito mais do que prestação de serviços: “O médico não é apenas prestador, mas também dono do seu negócio, com renda justa, voz e voto nas decisões da sua cooperativa.”

Eduardo lembrou ainda que, embora 85% dos cearenses dependam do SUS, as cooperativas também atuam na rede pública, ampliando o acesso e oferecendo qualidade tanto no atendimento privado quanto no público. Atualmente, no Ceará, o cooperativismo de saúde reúne especialidades como clínica médica, cirurgia, anestesia, medicina intensiva, endoscopia, ginecologia e obstetrícia, urologia, neurologia, pediatria, neurocirurgia e cardiologia.

Durante o programa, Rafael Mesquita também resgatou a história do cooperativismo de saúde no Brasil, que começou em 1967, em Santos (SP), com a fundação da primeira Unimed. O movimento nasceu como resposta à crise no atendimento médico e em defesa da autonomia dos profissionais. Desde então, o modelo se consolidou em todo o país.

No Ceará, a trajetória teve início em 1978, com a criação da Unimed Fortaleza, seguida pela COOPANEST-CE, em 1987, e posteriormente por mais 17 cooperativas médicas até 2020. Entre elas, a mais recente é a CoopClinic, fundada durante a pandemia, em um dos períodos mais desafiadores para a saúde. “O Ceará é um verdadeiro case de sucesso. As cooperativas nasceram porque os médicos se sentiram excluídos do mercado, sem controle sobre sua produção e remuneração. Ao se unirem, conquistaram valorização profissional e passaram a oferecer um atendimento mais digno à população”, ressaltou Eduardo Vidal.

A edição também prestou uma homenagem ao médico Dr. Darival Bringel de Olinda, cofundador da Unimed Ceará e figura essencial para a consolidação do cooperativismo médico no Estado. Líder visionário, presidiu a Unimed Fortaleza por três mandatos, ajudou a erguer a sede e o Hospital Regional Unimed, além de cofundar a Federação das Unimeds do Ceará. Sua trajetória foi lembrada como exemplo de dedicação ao cooperativismo e à valorização da classe médica.

O Vozes do Cooperativismo é uma realização do Sistema OCB/CE, em parceria com o Sistema Jangadeiro, e pode ser revisto às sextas-feiras, às 21h, na Nordestv/SBT News (canal 27.1) e aos sábados, às 8h30, na TV Jangadeiro/SBT (canal 12.1).

Veja a íntegra do programa AQUI!

Conteúdos relacionados