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Inovação e transformação foram os chamados do primeiro painel do 2º Encontro Cooperativo Cearense

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O 1º painel do dia do 2º Encontro Cooperativo Cearense (CoopCE 2025) abordou o tema “Inovação e Futuro: o Cooperativismo como Protagonista da Transformação”, conduzido por Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), referência nacional em modernização e competitividade do setor. A mediação ficou a cargo de Manfredo Lins e Silva, gerente de Inovação do Sistema OCB/CE, que conduziu a conversa sobre como a inovação pode fortalecer o cooperativismo e posicioná-lo como agente estratégico das transformações sociais e econômicas em curso.

Guilherme iniciou sua apresentação compartilhando sua trajetória no cooperativismo, iniciada como jornalista ao participar de um Dia de Cooperar em Londrina (PR), experiência que o aproximou do setor e o levou ao Núcleo de Inteligência e Inovação da OCB. Ao longo do painel, apresentou reflexões, dados e cases inspiradores para mostrar como o cooperativismo, alinhado à inovação, pode se tornar protagonista da transformação.

O gerente reforçou que os princípios cooperativistas estão conectados às tendências contemporâneas, como inovação, governança, ESG, economia verde, colaboração, diversidade e consumo consciente, e destacou que o futuro do setor depende da capacidade de se adaptar, inovar e preservar sua essência comunitária.

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Guilherme enfatizou que a inovação é chave para resiliência, crescimento e solução de problemas complexos, enquanto a transformação digital amplia o impacto, melhora decisões, promove agilidade e reforça a cultura de experimentação nas cooperativas. "O cooperativismo é uma solução contemporânea para os desafios atuais", afirmou.

Sobre tendências e desafios, o especialista apontou que avanços tecnológicos, transição energética, envelhecimento populacional, urbanização e desigualdade social trazem oportunidades, como liderança em sustentabilidade e personalização de serviços, mas também desafios, incluindo adaptação lenta, falta de investimentos e concorrência com grandes empresas.

Entre os dados apresentados, Guilherme destacou que 84% das cooperativas brasileiras consideram a inovação muito importante, e 79% já a incorporam em seus planejamentos estratégicos, principalmente em marketing, comunicação e atendimento ao cliente. Os impactos incluem maior agilidade, novos produtos e aumento de faturamento.

Cases inspiradores mostraram práticas inovadoras de cooperativas, como a Unimed-BH, com telemedicina; o Lar Agroindustrial, com programas de ideias e conexão com startups; e o Sicredi, que utiliza inteligência artificial e WhatsApp para otimizar a experiência do cliente.

Para o futuro, o especialista destacou seis eixos estratégicos: Web3 e Indústria 5.0, tecnologias verdes e economia circular, Data Driven, IA, IoT e Big Data, soft skills como diferencial competitivo, hiperpersonalização da experiência do cliente, e diversidade, equidade e inclusão.

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No campo das oportunidades, Guilherme apontou que o agronegócio demandará crédito de R$ 1 trilhão até 2030, enquanto mudanças no perfil do consumidor e questões sociais, como saúde mental e disparidade de gênero, exigem inovação e adaptabilidade constantes.

Durante a apresentação, Guilherme convidou os participantes a conhecer o InovaCoop, plataforma do Sistema OCB voltada à inovação, que reúne cases de sucesso, e-books, guias, trilhas de cursos, metodologias ágeis e um radar de oportunidades de financiamento. Ele reforçou que pensamento criativo é a habilidade mais importante para o futuro do setor, destacando também que, apesar do crescimento da consciência sobre consumo sustentável, ainda há diferenças de comportamento entre gerações e regiões.

Ao final, os participantes tiveram a oportunidade de tirar dúvidas diretamente com o especialista, que lembrou que a OCB investiu R$ 6 milhões em pesquisas por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), oferecendo bolsas em universidades para estudos sobre cooperativismo.

O painel mostrou que a inovação, aliada à essência cooperativista, é o caminho para que o setor continue relevante e protagonista das transformações sociais e econômicas no Brasil.

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