CoopCE defende: Para um mundo socialmente justo, a economia deve ser coop
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O segundo painel do 2º Encontro Cooperativo Cearense (CoopCE 2025), realizado na tarde desta sexta-feira (5), trouxe à tona um debate importante para o futuro do cooperativismo: sustentabilidade, diversidade e identidade. A discussão foi conduzida por Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, com mediação de Oswaldo Rabelo, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/CE.
Débora destacou a relevância do tema ESG (ambiental, social e governança) no cenário global e no Brasil. Para ela, o ESG vai além de conceitos abstratos e se consolida como sustentabilidade comprovada por dados, relatórios e critérios, especialmente nos aspectos de diversidade e equidade que se conectam diretamente à governança cooperativista.
No talk, a gerente reforçou que o Brasil ocupa posição de destaque no cooperativismo mundial, sendo o único país do Hemisfério Sul e em desenvolvimento presente no ranking das 300 maiores cooperativas do mundo, segundo o World Cooperative Monitor 2023. O país figura na 5ª posição, com 21 cooperativas, atrás apenas de Estados Unidos (41), França (30), Alemanha (28) e Japão (23).
Outro ponto importante abordado foi a necessidade de desenvolvimento territorial sustentável. Débora lembrou ainda que, no último 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), foi aprovada a recomendação de que todas as cooperativas, independentemente do ramo de atividade, incluam pelo menos uma mulher e um jovem em seus Conselhos de Administração.
Em sua fala, lembrou que esta é a segunda vez que a Organização das Nações Unidas (ONU) declara o Ano Internacional das Cooperativas — a primeira ocorreu em 2012. O objetivo da iniciativa é promover o cooperativismo em escala mundial. Com essa decisão, a ONU reforça a relevância das cooperativas na agenda global de desenvolvimento econômico e social.
Ao final, os participantes puderam trocar experiências e refletir sobre o futuro do modelo de negócio cooperativista diretamente com a especialista. A gerente destacou que “a cooperativa é um modelo de negócio formado por pessoas” e, portanto, deve refletir a diversidade e a identidade da sociedade em que está inserida. Ela também defendeu que o cooperativismo seja incorporado como disciplina nas escolas.
Para finalizar, apontou: “Precisamos de uma organização social economicamente viável, ambientalmente correta e socialmente justa, sem deixar ninguém para trás. O cooperativismo é tudo isso! Portanto, o futuro é Coop”.